I was wrapping a pot with newspaper before putting it in the cabinet when I decided to suggest, half incredulously: “I want to do something, but I don’t think you’ll agree. Let’s go for a short run?”
It had been days since we began to organize everything to be able to leave. On Saturday, 9/10, we woke up at 6:30 am to finish everything and hit the road “a little after lunch”. The day went by and we didn’t stop organizing, organizing, organizing, boxing, cleaning, covering things with sheets, organizing, organizing, organizing. It was after 5 pm when, with almost everything ready, suggestion accepted (to my surprise!), we put on our shoes and went out to run the road one more time. It could end up not being helpful at all, but if I stayed there, in the middle of that organization, I’d certainly freak out, yell, give up everything and postpone the departure for Sunday.
But it worked! We returned 3km later, sweaty, but with a cooler head. There were only a few last details to deal with before we could go. First, turn off the electricity, i.e. disconnect the four batteries that store solar energy for our electricity, and store them in the basement of Nate’s parents. Done. Next, we had to empty all the water from the plumbing, since the house will freeze in winter with no one living there. With frozen (and expanded) water, the pipes would surely explode. Since we have to empty the pipes, let’s enjoy the water already heated in the tank to take a hose bath.
Estava embrulhando uma panela com jornal, antes de guardá-la no armário, quando sugeri, meio incrédula: “tô com vontade de fazer uma coisa, mas acho que você não vai querer. Vamos correr?”
Já fazia alguns dias que tínhamos começado a organizar a partida. No sábado, 10 de setembro, acordamos às 6h30 da manhã pra terminar tudo e pegar a estrada “logo depois do almoço”. O dia foi passando e a gente não parava de organizar, organizar, organizar, encaixotar, limpar, cobrir com lençol, organizar, organizar, organizar. Passava das 17h quando, com quase tudo pronto, sugestão acatada (pra minha surpresa!), colocamos o tênis e fomos pra estrada correr. Talvez nem fosse ajudar em nada, mas se eu continuasse ali, no meio daquela bagunça, ia dar um berro, capaz de desistir de tudo e adiar a partida pro domingo.
Mas deu certo! Voltamos 3km depois, suados e de cabeça mais fria. Uns últimos detalhes bastavam pra gente poder ir. Primeiro, desligar a eletricidade, ou seja, desconectar as quatro baterias que transformam energia solar em elétrica, e armazená-las no porão dos pais do Nate. Beleza. Depois, esvaziar todo o encanamento, já que, sem ninguém, a casa vai congelar no inverno. Com água congelada (e expandida), o encanamento certamente explodiria. Já que temos que esvaziar os canos, vamos aproveitar a água já aquecida no tanque e tomar banho de mangueira.
Stretching after running | Alongamento após a corridinha
Without power, the pump that gives pressure to our water doesn’t work. No pump means that we rely on gravity. Hose connected to the tap, brought to the front yard, slightly lowered, the water starts to run. Naked, I pray that my brother-in-law’s chores feeding his pigs are delayed tonight, right there in front of the house. Please, Mike, be late today. I decide to do my part to help the water to come harder and, squatting, I can make better use of the minimum pressure.
After the run and enjoying that pleasantly warm trickle of water, I wash my soul and I improve my mood. I’m not even tense anymore! Staring at the beautiful Vermont sky while the sun sets, I can’t resist. My facial muscles open into a happy smile.
Bathed and dressed, I drive quickly to the Jerusalem Store. The tank is empty and we need gasoline. Jeez, it’s closed, Nate is going to kill me. He doesn’t understand how I can live in peace waiting until the gas light comes on. Well, nothing we can, except just go back. Nate finishes emptying the water pipes.
Sem energia, a bomba que dá pressão à água não liga. Sem bomba, a água só sai pela força da gravidade. Conectamos a mangueira à torneira e a trouxemos pro quintal da frente, levemente mais rebaixado. Nessa hora, pelada, faço tudo meio correndo porque é hora do cunhado dar comida pros porcos, logo ali em frente. Atrasa hoje, Mike, por favor. Pra ajudar a água a sair com mais força, abaixo, e, de cócoras, consigo aproveitar melhor a pressão mínima.
Depois da corrida e desfrutando daquele fio de água agradavelmente quente, lavo a alma e melhoro o humor. Nem estou mais tensa! Olho pro céu e, mirando o pôr-do-sol, não resisto. Meus músculos faciais se abrem num sorriso feliz.
Banhados e vestidos, corro com o carro pra Jerusalem Store, que o tanque está vazio e precisamos de gasolina. Eita, tá fechado, Nate vai me matar. Ele não entende como que eu consigo viver em paz deixando a luz da reserva sempre acesa. Bom, beleza, fazer o quê? Volto sem gasosa. Nate termina de esvaziar o encanamento, agora fazendo um sifão e sugando com a boca a água que teima em ficar lá. Suga, cospe, suga, cospe, suga, cospe, beleza, chega. Se congelar, congelou. Se expandir, expandiu. Se quebrar o cano, quebrou.
Car loaded | Carro primeiramente carregado
It’s 7:40 pm. We drive to his parents’ house, hugs, kisses, hugs, Larry’s (my father-in-law) tears, more hugs, I hold mine. Let’s go, our friends in Boston have a baby and the way we are moving, we won’t get there before midnight.
I get in the car hoping the gas will be enough to get us to Waitsfield, 13 miles up and over the mountain. Heck, did we really have to take the steepest way? The gas is questionable! But if Google says it is the fastest, it will be good. I turn the key and the panel shows the time: 8:02! The area code of Vermont, we start magically well.
After a full day, praying for the gas to make it, we pass in front of Mad River Glen, the ski area where we met 13 years ago. And so, with random coincidences, our journey from home para casa begins at 8:02 pm on September 10, 2016. We leave South Starksboro, Vermont, and aim to reach São Paulo, capital, Brazil, in July 2017. Planning is not quite our forte, but it’s amazing how everything works out in the end.
(ps: the fuel was so much that we lavishly made it without even one tiny hiccup)
Dirigimos até a casa dos pais dele, logo ali, são 19h40. Abraços, beijos, abraços, lágrimas do Larry, meu sogro, mais abraço, seguro as minhas. OK, vamos que o pessoal de Boston tem neném, e desse jeito a gente só vai chegar depois da meia-noite.
Entro no carro torcendo pra gasosa dar até o próximo posto, em Waitsfield, 20km morro acima. Caramba, a gente tinha mesmo que pegar o caminho mais íngreme? A gasolina está no talo! Mas se o Google diz que é o mais rápido, vamos por lá mesmo, vai dar. Giro a chave e o painel mostra o horário: 8:02! É o código DDD de Vermont, começamos magicamente bem.
Depois de um dia cheio, rezando pro carro não morrer, passamos em frente ao Mad River Glen, a estação de esqui onde há 13 anos nos conhecemos. E é assim, com coincidências aleatórias, que nossa jornada from home para casa tem início, às 8h02 da noite de 10 de setembro de 2016. Partimos de South Starksboro, Vermont, e temos como destino São Paulo, capital, onde queremos chegar em julho de 2017. Planejar não é lá muito o nosso forte, mas no final, tudo se acerta!
(ps: o combustível era tanto que esbanjou e o carro, em meio a curvas sinuosas e subidas e descidas mil, nem tossiu)
Saying bye to Larry and Sue | Despedindo de Larry e Sue
Lindos! Que os caminhos se abram para vocês e que todo esse amor ilumine seus passos! A gente fica daqui, acompanhando e torcendo por mais um post! <3
Que gostoso ler suas palavras, amiga tão amada! Carol, também estou torcendo por mais um post, mas vou te dizer que tá difícil, viu? Admiro ainda mais quem consegue viajar e produzir ao mesmo tempo! Depois do Carnaval, dizem por aí, vai ter uma periodicidade mais garantida. Oremos! 🙂
Chris, tô muito curiosa pra saber cada novidade?! Com que carro vocês estão viajando? É uma.longa jornada fiquei curiosa de saber o que farão dele quando chegarem em Sampa. E a volta?
Essa aventura é maravilhosa e faz sonhar a gente também.
Tô na torcida seguindo vocês!
Beijos
Que querida! Estamos viajando num Suzuki SX4, bem pequeno. A ideia era vendê-lo antes de cruzar pro México, mas não apareceu comprador, então decidimos dirigir até SP. Espero que o carro aguente! Agora queremos vender por lá e voar de volta aos EUA. Conhece alguém em busca e um carro bem rodado? 🙂 Obrigada pelas palavras, minha amiga! Um beijão pra você!
Como vai ser esse Natal on the road?
Ai, Rô, amiga. Desculpe a demora. O Natal passou faz mais de um mês e olha eu te respondendo só agora! Foi tudo muito lindo. Ficamos uns dias a mais na casa de amigos em San Jose, Califórnia, justamente pra lançar o blog, e acabamos decidindo ficar lá pro Natal. As crianças (Maeve e Ness, de 6 e 4 anos) fizeram biscoito pro papai noel e deixaram com um copo de leite perto da lareira. Uma graça!
Não tava entendendo mto bem quem tava no volante das palavras! Porque quando leio em inglês, automaticamente me vem a cara do Nathanite com seu sotaque, suas piadas hilaaaarias com aquela cara seria e logo então um sorriso maroto! E Tieko, falando em inglês cos beiço fazendo bico e o bom e velho sotaque Brazuka já não é mto comum que naturalmente apareça!
De qualquer forma, fui transportado ao dia e ao local… até sentir um pouquinho da senssação do justo momento 802 e o respiro daquele ar… vannnnbora! 🙏🏻
Hi Chris,
Quick question: I’m reading stories from Mexican immigrants from Tabasco through which you drove to get to the Yucatan Peninsula. Tabasco is reputed to be the most dangerous state in Mexico. I plan on visiting the area by motorcycle…and I favor back roads. How did Tabasco appear to you?
Thanks,
Paul.
Hi, Paul!
Thank you for your comment and question. Unfortunately, we only drove very briefly through Tabasco. From Coapa, Veracruz, to Chiapa de Corzo, Chiapas, we barely passed it on 145D (a toll road, or “cuota”, where we spent MEX$ 382 total, in 5 different stops – we are driving a small car, it is cheaper for a motorcycle), and then again a short drive through it going from Palenque, Chiapas, to Mérida, Yucatán, on 186 (MEX$85 for the tolls). We didn’t spend any time in Tabasco itself, it wasn’t in our plans. That said, we heard we should avoid it. But we also went to Tepic, Nayarit, and enjoyed it a lot, and only recently we found out that it is a dangerous area, that we should have never gone there (people were killed due to drug war there a few days ago). We do prefer to drive before it gets dark. There is a good resource: ioverlander. Download the app, other travelers share information about the roads and what to avoid. Safe travels!